Igreja Matriz

Dedicado a Nossa Senhora da Assunção, este Templo foi levantado na ligação do colo do morro do castelo com montanha. Apesar de ter sido erigido em 1500, de acordo com algumas inscrições locais, o arcabouço actual é fruto da grande reforma que o edifício sofreu ao longo da centuria de quinhentos.

Mirante ” Emidio da Silva”

Inaugurado em 31 de Maio de 1908, deste Mirante com ar de pagode oriental, mandado erigir pelo politico Emídio da Silva, segundo o projecto do arquitecto italiano Nicolau BIgaglia, descobre-se uma bonita paisagem sobre o Mondego, o vale da Ribeira e o cume de Nossa Senhora do Monte Alto. As colunas de pedra que o compõem foram trazidas do Mosteiro de Lorvão.
Vitorino Nemésio apaixonado pela beleza paisagística do local não deixou de desabafar que “parece que se está a ver uma catedral do púlpito”.
Em tempos, o sítio do Mirante era conhecido como “O penedo da Moura” pois, segundo a lenda, aqui ficou encantada uma bonita princesa moura que, em dias de sol, se desencanta para pentear os seus longos e perfumados cabelos.

Pelourinho

Actualmente convertido em cruzeiro, foi levantado no sitio onde outrora se erguia o Castelo. Este baluarte das lutas contra os muçulmanos, cuja origens devem remontar a primeira reconquista cristã (século IX-X) encontra-se totalmente destruído. No entanto, no local, são ainda visíveis inúmeras pedras sigiladas, medievais, de grés da serra da Atalhada, formando, algumas das quais, os degraus daqueles cruzeiro.
Sobre degraus rectangulares, coluna dórica, com parte superior nova, datado do século XVII, foi desmantelado em Agosto de 1950, para a rectificação da rua, e reerguido dois anos depois.

Livraria de Mondego

A Livraria do Mondego constitui um momento natural que marca a paisagem das margens do rio, junto a Penacova. O Mondego, depois de “encorpado” pelas águas do rio Alva, é “estrangulado” pelos contrafortes entre penedos. Um monumento que o tempo esculpiu, ao longo de mais de 400 milhões de anos, com as altas assentadas de quartzíticos silúricos dispostos quase verticalmente, como se de livros numa estante se tratasse, o que, de resto, deu origem à sua designação. «É um monumento que pela sua dimensão temporal, que representa milhões de anos, tem um significado muito especial», refere ainda o autarca.
Constituída por quartzíticos do Ordovícico, a Livraria do Mondego foi classificada por Galopim de Carvalho como um «Geomonumento ao Nível do Afloramento».
Localização
Junto a Penacova, e depois de ter recebido o Alva, afluente da margem esquerda, o Mondego estrangula-se cada vez mais ao atravessar o contraforte de Entre-Penedos.
O monumento tem um acesso directo e privilegiado a partir da EN 110, sendo também visível para quem circula no IP3, imediatamente na zona da ponte sobre o rio Mondego, junto a Penacova.
Interesse turístico
Aqui, encontram-se «altas assentadas de quartzíticos silúricos, muito fracturados» que, dispostos quase verticalmente, como livros inclinados numa estante, deram origem à conhecida Livraria do Mondego.
as suas proximidades, o rio oferece uma pista de pesca de grande qualidade, onde é possível encontrar espécies como a truta, a boga, o barbo ou a enguia. Nas margens, mais propriamente nas encostas quartzíticas pode observar-se a fauna e flora autóctones, onde pontuam o loureiro e azevinho, as gralhas-pretas, os gaios, melros, piscos-de-peito-ruivo, cobras-rateiras e sardões.

Penedo de Castro

Dos vários passeios que se podem fazer pelas redondezas a partir da Vila, o mais interessante será a este Penedo, que parece abençoar a povoação da Cheira, daí ter-se chamado “Penedo da Cheira”.
O seu nome actual foi-lhe atribuído em 30 de Maio de 1908, em homenagem ao escritor Augusto Mendes Simões de Castro, um dos mais antigos propagandistas da região.

Pérgola de Raul Lino

Edificada nos inícios do século XX, daqui se desfruta uma bela vista panorâmica sobre o “rio dos Poetas” para jusante até a curva de Rebordosa. Trata-se de uma agradável varanda, traçada pelo arquitecto Raul Lino, coberta por velhas cepas de glicínias que, na Primavera, exalam um perfume inconfundível. Localiza-se a um dos lados do terreiro principal da Vila, entre a câmara e o edifício de fachada neoclássica, onde funcionam os serviços judiciais, espaço que no passado fora ocupado pelo paço dos duques de Cadaval.

Capela de Nossa Senhora do Monte Alto

Santuário de montanha, a norte de Penacova bebe as suas origens na época pré-histórica. A construção do actual edifício remota ao século XVIII, embora detenha alguns elementos mais antigos.
No passado, constituiu um importante centro de culto, para qual concorriam, em romaria, as populações das freguesias vizinhas.
Dada a sua posição estratégica, este monte foi ocupado pelas forças Ango-Lusas, durante a Batalha do Buçaco.

Capela de Santo António

Erigida no século XVII, foi modificada nas centúrias que se seguiram. O alpendre possui quatro colunas na frente e uma a meio de cada lado. No chão da capela-mor vê-se ainda uma campa, gasta, com faixa envolvente e decorada, assim como um brasão sumido.
O retábulo, secundário, datado da transição das épocas de seiscentos para setecentos, apresenta as esculturas de “Santo António” e de “São Francisco”, do mesmo período. O púlpito é cilíndrico. Numa mísula, observa-se um “Anjo da Anunciação”, de pedra, do século XVI, manuelino. A esta mísula corresponde outra com a imagem da “Virgem”, em madeira dos séculos XVII-XVIII.
Este templete possui ainda um cálice de prata, sem ornatos, com um listel na base.

Capela de São João

Localizada a norte da Vila, este Templete, de final do século XVI, foi remodelado durante a centúria de setecentos.
Para se entrar no edifício atravessa-se um alpendre de três arcos cortados na parede, sendo o do lado da esquerda aberto quando esta se rasgou. Na verga da porta, lê-se a seguinte legenda “S. SEASTIANUS/1581”.
Retábulo de pedra e dois nichos entre três pilastras com pendurados, da mesma época. A preencher os nichos duas imagens secundarias, uma, grande de “São João Baptista” (no da direita) e outra, mais pequena de “São Sebastião” (no da esquerda).

Capela Nossa Senhora da Moita

Localizada em Gondelim, esta capela encontra-se envolvida em antigas lendas. Segundo se crê, ali ter-se-ão instalado os pais da célebre Mumadona, fundadora da cidade de Guimarães.
Numerosos documentos do Mosteiro de Lorvão, do século X, atestam a existência desta localidade que, antes da ocupação árabe, tinha o nome de “Vila Verde”.

Capela Riba de Cima

Capela de Ribela

Capela de Ronqueira

Capela de Travasso

Capela de Vale Gonçalo

Capela de Vila Nova